Contextualizando a Matemática por meio da Perspectiva Metodológica da Resolução de Problemas
DOI:
https://doi.org/10.5540/03.2014.002.01.0129Palavras-chave:
Resolução de Problemas, Ensino FundamentalResumo
A experiência aqui relatada faz parte da aplicação de uma atividade que visa proporcionar um contado com a Resolução de problemas, advindo do interesse por essa Tendência Matemática. A atividade foi direcionada pelos graduandos do curso de licenciatura em matemática da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Cornélio Procópio.
Pensando nos objetivos básicos da problematização, onde os alunos são levados a discussão e de procedimentos para a resolução do problema, que vão desde a leitura e análise cuidadosa da situação, até a elaboração de procedimentos que envolvem simulações, tentativas, hipóteses, sendo esses os alicerces para tornar um sujeito critico apto a conviver em sociedade e com o seus avanços. De acordo com os PCN’s de Matemática: A resolução de problemas possibilita aos alunos mobilizar conhecimentos e desenvolver a capacidade para gerenciar as informações que estão a seu alcance. (BRASIL, 1998). O presente trabalho apresenta uma proposta pedagógica desenvolvida em duas horas aulas em uma turma de 8º ano do ensino fundamental II de um colégio estadual, abordando o conteúdo de porcentagem, regra de três simples, conteúdos estes que segundo as diretrizes de leis e bases do Paraná, são abordados no 6º e 7º ano do ensino fundamental. A atividade aplicada em sala consistia em uma problematização acerca do aquífero guarani que está localizado na região Centro-leste da América do Sul, abrangendo a região de residência dos alunos. O problema exigia dos alunos muita atenção e interpretação, pois haviam dados que estavam relacionados às questões propostas. Durante a realização da atividade percebeu-se que os alunos enfrentaram obstáculos na leitura e interpretação da situação problema. A interpretação indevida levou-os ao insucesso na estruturação da situação problema, sendo assim percebemos que continham resoluções onde o aluno de inicio interpretou e estruturou de maneira correta, porem finalizou á atividade indevidamente, outros começaram o desenvolvimento mais desistiram de inicio, dizendo ser difícil resolver. Houve questionamentos em relação ao resultado se o mesmo seria em porcentagem ou unidade de medida, ou então qual seria a unidade de tempo que o resultado deveria conter. Pode-se notar que foram poucos os momentos onde os alunos discutiram a atividade, elaboram hipóteses ou se quer fizeram uma nova leitura. Tiramos por conclusão que os alunos não estão acostumados com metodologias diferenciadas em sala de aula, e quando estes se deparam com uma nova forma de ensino e aprendizagem, sentem uma grande insegurança, pois estão saindo de sua zona de conforto. Sendo assim sempre é necessário que o professor utilize novas metodologias para que os alunos possam se familiarizar e não ver a matemática simplesmente como um disciplina da qual apenas se reproduz o que está no livro didático. Para Zuffi & Onuchic: A resolução de problemas pode colaborar para que haja alguma mudança na perspectiva da ação docente. Afinal sua utilização merece atenção por parte de todos os professores. (2007) A perspectiva metodológica de resolução de problemas, traz uma problematização contextualizada de alguma forma da realidade do aluno, estimula a leitura e em certos casos responde a grande pergunta da maior parte dos alunos que é: Onde irei usar isso? Para que preciso saber isso? Assim os alunos passam a ter uma nova visão sobre a matemática, e isso pode contribuir de forma satisfatória para o processo de ensino e aprendizagem, haja visto que se os alunos sentirem interesse pelo conteúdo a ser estudado a aprendizagem seria algo marcante e prazeroso a eles.