Estudo da influenza a(H1N1) aplicada ao modelo SIRS
DOI:
https://doi.org/10.5540/03.2014.002.01.0087Palavras-chave:
Epidemiologia, SIRS, InfluenzaResumo
Introdução Entre as diversas aplicações da modelagem matemática enquadram-se os estudos de modelos epidemiológicos que são importantes de serem estudados em função do grande impacto que tiveram na evolução da ciência, apresentando altas taxas de mortalidade humana. Por exemplo, na Peste Negra, uma pandemia de peste bubônica que assolou a Europa no século XIV, estima-se que morreram aproximadamente 70 milhões de pessoas. Estudos epidemiológicos se mostram necessários e úteis para a elaboração de medidas de precaução e políticas de saneamento. A modelagem epidemiológica se destaca como uma poderosa ferramenta de estudo e análise de tais epidemias e apresenta uma ampla variedade de técnicas que podem ser aplicadas tanto a casos gerais quanto a casos específicos. Dentre os modelos mais usados em epidemiologia, destaca-se o pioneiro SIR, que foi proposto por Kermack e McKendrick em 1927. A construção do modelo baseou-se na divisão de uma população, considerada constante, em três classes: suscetíveis, infectados e removidos. A partir dessa linha, Kermack e McKendrick formularam o sistema de equações característico desse modelo e criaram o Teorema do Limiar, um marco na análise das epidemias que até hoje serve como forte aparato para a dedução de novos modelos. Por outro lado, o modelo SIRS é uma variação do modelo SIR que considera a situação em que a população dos removidos perde sua imunidade e volta a ser considerado suscetível, após certo tempo(Oliveira, 2008). Apresenta um caráter mais dinâmico e representa de maneira mais fiel o comportamento de uma epidemia. Neste trabalho, o modelo SIRS será aplicado à uma epidemia da Influenza A(H1N1), doença que chamou a atenção mundial por ser uma das primeiras pandemias do século XXI, matando milhares de pessoas pelo mundo e infectando um número ainda maior.