A Beleza e Estética: Razão Áurea ou Número Plástico?
DOI:
https://doi.org/10.5540/03.2015.003.01.0522Resumo
Os enormes desafios para melhorar o ensino básico de matemática nas escolas passam pela desvalorização geral e as precárias condições dos professores, pela situação de estudantes passivos neste mundo com excesso de informação, desmotivados e que nem sempre enxergam a beleza e a importância do aprendizado matemático. Visando a busca de um ambiente interativo de aprendizagem com cenários sociais importantes para o desenvolvimento cognitivo em que a mediação do professor orientador leva os estudantes a participar, pensar, planejar, estabelecer relações, comparar, criticar, imaginar e conjecturar para ampliar sua capacidade cognitiva e sócio-afetiva nos levou a questionar e sugerir algumas abordagens diferentes com a modelagem matemática e interdisciplinaridade. Buscamos problemas ligados a arte, estética e biometria para motivação do estudante e exploração de conteúdos matemáticos em vários níveis de ensino. De fato, o apelo para os padrões de beleza tem aumentado consideravelmente devido a mídia e a busca pelas proporções tão faladas das obras de arte, da natureza e do corpo humano, como a procura pelo sorriso perfeito, dentre as várias possibilidades de exploração são as que centraremos nossa atenção neste trabalho, ampliando o espaço escolar e visando a atuação crítica do estudante. Com isso, o professor pode despertá-lo para o aprendizado significativo especialmente abordando os conceitos simples que vão desde razões e proporções, funções lineares e afim, equações de segundo grau, gráficos, raízes, equações discretas, média, ajustes, etc. que a princípio, poderiam não ter significados reais para o estudante. O questionamento dos modelos quando eles são considerados prontos e aceitos sem discussão, verificação e comprovação podem se originar através do estudo de obras de arte e de partes do corpo humano. Concluímos que a apresentação e abordagem de modelos matemáticos interdisciplinares explorando os padrões considerados de beleza e estética, utilizando a pesquisa de obras de arte e biométricas pode motivar, ampliar a postura crítica, o conhecimento do estudante, contemplar o ato educativo e propiciar a transformação da sala de aula.