Modelagem Matemática da Análise da Dor no Procedimento de Ovariohisterectomia de Cadelas

Autores

  • Marnei Dalires Zorzella
  • Ana Paula Brezolin
  • Scheila Cristina Angnes Willers
  • Daniel Curvello de Mendonça Müller
  • José Antonio Gonzalez da Silva

DOI:

https://doi.org/10.5540/03.2015.003.01.0340

Palavras-chave:

Modelagem, Ovariohisterectomia, Dor e Analgesia.

Resumo

 A dor em animais, geralmente é acarretada devido a eventos traumáticos e implica em respostas fisiológicas, emocionais e comportamentais [2]. Por sua vez, ela desencadeia a ativação de receptores específicos e respostas neurais em consequência a estímulos nociceptivos potencialmente capazes de causar lesões teciduais. Trata-se de uma experiência subjetiva acompanhada de alterações como medo, ansiedade e até mesmo pânico. O processo de avaliação da dor em animais implica em observar sinais, tais como alteração de conduta, vocalização, alterações nos parâmetros fisiológicos, entre outros [4]. Na busca de diminuir o desconforto sentido pelos animais, o presente trabalho tem como objetivo verificar a eficácia e o melhor intervalo da aplicação pré-operatória do Cloridrato de Tramadol no procedimento de ovariohisterectomia de cadelas. A administração do Cloridrato de Tramadol foi à analgesia usada no procedimento cirúrgico, por se tratar de um agente opióide amplamente utilizado no tratamento da dor no período pós-operatório imediato [1]. O experimento foi desenvolvido no Laboratório de técnica cirúrgica do Hospital Veterinário da Unijuí, localizado na Rua do Comércio, 3000, Bairro Universitário - Ijuí/RS, durante o período de junho de 2012 a outubro de 2013. Os animais foram divididos em três grupos, conforme o tempo de administração do Cloridrato de Tramadol pré-cirúrgico, sendo este Grupo 1 / Basal – animais que receberam apenas a analgesia pré-operatória, Grupo 2 / 6 horas – animais que receberam duas aplicações de analgésicos preemptivos, sendo a primeira, seis horas antes da analgesia pré-operatória e Grupo 3 / 24 horas – animais que receberam quatro aplicações de analgésicos, a cada seis horas, durante o período de vinte e quatro horas antes da analgesia pré-operatória. No experimento foram utilizadas 21 cadelas sem raça definida e idades variadas, com peso médio de 10 kg e classificadas como pacientes saudáveis – ASA I. A dosagem recebida por cada animal foi de acordo com seu peso, partindo da recomendação técnica de 6 mg kg-1 animal do analgésico na medicação pré-anestésica. No entanto, conforme protocolo, também foi ministrada após seis horas ao momento próximo da cirurgia. O delineamento experimental deu-se por meio de blocos casualizados, sendo que cada bloco representa um grupo e cada grupo contendo sete repetições. A avaliação da dor foi realizada através da escala visual analógica (EVA) [3], analisando os seguintes parâmetros: pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura, escalas de avaliação de dor, desconforto e sedação. A partir dos dados sobre a avaliação da dor foi possível fazer a análise de variância das respectivas notas. Analisando o tempo de uso do Tramadol antes da cirurgia (TUT) e tempo de avaliação da dor após cirurgia (TAD), obteve-se os quadrados médios e, a partir deles, evidenciou-se que dentre as notas da dor, não há significância do uso do fármaco em intervalos anteriores à cirurgia, mas se mostrou efetivo em 6 horas posterior a extubação, ou seja, após o ato cirúrgico. A seguir, o teste de médias de Scott & Knott mostra a avaliação da dor em minutos/horas. Tabela 1. Análise comportamental entre as médias da Dor através do Teste de Scott & Knott, UNIJUÍ, 2014 [...]    

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Publicado

2015-08-25

Edição

Seção

Modelagem Matemática e Aplicações