Epidemiologia matemática da gripe aviária

Autores/as

  • Sophia Perez Cosin Universidade Estadual Paulista (UNESP)
  • Cláudia Pio Ferreira Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Palabras clave:

Influenza aviária, H5N1, epidemiologia matemática, transmissão, aves migratórias

Resumen

A influenza aviária A (H5N1) de alta patogenicidade (IAAP) é uma doença de distribuição mundial, altamente contagiosa, com ciclos pandêmicos ao longo dos anos, e com graves consequências ao comércio internacional de produtos avícolas. Nesse contexto, em um âmbito nacional, os primeiros casos de gripe aviária (H5N1) foram anunciados em 15 de maio de 2023, em duas aves marinhas da espécie trinta-réis-de-bando (Thalasseus acuflavidus), em Marataízes e Vitória, no litoral do Espírito Santo. Essa espécie apresenta comportamento migratório durante o período reprodutivo, visto que é encontrada predominantemente em ilhas rochosas no Espírito Santo, próximas à costa litorânea brasileira, entre os meses de abril e outubro. Nesse sentido, é notório que a transmissão do vírus por aves migratórias aquáticas é a maior problemática em relação à transmissão da doença, uma vez que, normalmente, elas são portadoras assintomáticas. Outro fator que impulsiona a relevância da problemática é a existência do contato direto dessas aves migratórias, especialmente aquáticas, com aves domésticas de subsistência. Isso ocorre, principalmente, devido ao crescente desaparecimento de ecossistemas de zonas úmidas, o que leva à procura de locais alternativos para a reprodução dessas aves silvestres, como lagos artificiais em fazendas de granjas de produção. Em suma, a doença se espalha de um país para outro através das aves migratórias, como patos, gansos, gaivotas que são resistentes à infecção e que em determinadas épocas migram de um país para outro e, ainda, com o comércio internacional de aves vivas e produtos.

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Citas

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Publicado

2025-01-20

Número

Sección

Resumos